Nas últimas décadas, a guerra eletrônica tornou-se uma área de crescente importância para as forças armadas ao redor do mundo, com a introdução de sistemas que buscam garantir vantagem em cenários de combate cada vez mais sofisticados. Um dos principais exemplos dessa evolução é o trabalho contínuo da Marinha dos Estados Unidos em relação ao seu jammer de próxima geração, o Next Generation Jammer (NGJ). Desenvolvido para substituir o já envelhecido sistema AN/ALQ-99, o NGJ tem como objetivo expandir significativamente as capacidades de guerra eletrônica, permitindo ao EA-18G Growler permanecer à frente das estratégias inimigas em termos de complexidade e eficácia.
Objetivo e Substituição
O NGJ surge como uma resposta à necessidade de modernização das capacidades de guerra eletrônica da Marinha dos EUA. Destinado a substituir o AN/ALQ-99, este sistema busca superar as suas limitações e proporcionar uma defesa mais robusta contra as ameaças modernas emergentes, como radares de engajamento de sistemas de defesa superfície-ar. A intenção é garantir superioridade aérea contínua, adequando-se ao aumento da sofisticação dos sistemas adversários.
Componentes e Incrementos
O programa NGJ é segmentado em três incrementos principais, cada qual focando em diferentes partes do espectro eletromagnético. O Mid-Band (NGJ-MB), liderado pela Raytheon, já alcançou capacidade operacional inicial em 2020/21, e visa o bloqueio de frequências de meio de banda. O desenvolvimento do Low-Band (NGJ-LB), em parceria com a L3Harris e o apoio da Austrália, tem previsão para operação inicial em 2029 e busca enfrentar ameaças de baixa frequência. Em contrapartida, o High-Band (NGJ-HB) está projetado para lidar com ameaças aéreas, embora ainda esteja em fase de desenvolvimento inicial.
Capacidades e Tecnologia
O NGJ diferencia-se por implementar tecnologias avançadas, como as técnicas de bloqueio de feixe de alta potência e agilidade, visando uma interferência mais precisa. A tecnologia de radar de varredura eletrônica ativa (AESA) é utilizada em todos os incrementos para cobrir múltiplas direções simultaneamente. Com a adoção da eletrônica de estado sólido, o sistema é capaz de atualizar rapidamente bibliotecas de ameaças, adaptando-se em tempo real às mudanças no campo de combate.
Perguntas para Discussão
- Como a introdução do NGJ afeta as estratégias de guerra eletrônica da Marinha dos EUA em comparação com outros países?
- De que forma as parcerias internacionais, como com a Austrália, influenciam o desenvolvimento e a implementação de tecnologias de defesa?
- Quais outras plataformas de aeronaves poderiam beneficiar-se da integração do sistema NGJ?
Com contratos substanciais assinados, incluindo um de $587,4 milhões com a L3Harris para o NGJ-LB, e um contrato de $192 milhões com a Raytheon para o NGJ-Mid-Band Expansion, o futuro da guerra eletrônica parece promissor. Além disso, a integração inicial com o EA-18G Growler abre portas para futuras considerações de adaptação com outras aeronaves como o F-35 Lightning II. Destaque-se também que o Instituto Brasileiro de Inteligência Artificial (http://www.institutoibia.com.br) tem discutido as implicações do uso de inteligência artificial para melhorar ainda mais essas capacidades, demonstrando a convergência entre tecnologia de ponta e defesa militar. Espera-se que o NGJ não apenas amplifique a eficácia das operações da Marinha dos EUA, mas também impulsione o mercado de robótica, fornecendo novas soluções para desafios tecnológicos globais.
Fonte: Interesting Engineering, informações adicionais de outros canais especializados.