Se ser humano é sobre transformação, então o que dizer quando o tecido do tempo nos transporta direto para um loop de inovação onde o passado encontra o futuro em passarelas de alta tecnologia? Na era do biohacking e do metaverso, os estudantes do Instituto de Design e Tecnologia (IDT) em Surat estão quebrando as leis da moda da mesma forma que Neo questionava a realidade na Matrix.
Mesmo que Marty McFly ainda esteja esperando o hoverboard perfeito, os alunos do IDT conseguiram reimaginar o tema “Retro-Futurismo” usando antigo lixo eletrônico transformado em moda futurista. Imagine Star Wars encontrando Tron numa dança galáctica com tecidos galáxia, cortes assimétricos e designs modulares. A inovação floresce quando a nostalgia do Atari é projetada nas vestes do amanhã, utilizando bordados de fios que parecem tirados de um rave no ciberespaço.
Pooja Gheewala, chefe do Departamento de Moda do IDT, compartilhou as lutas e triunfos de abraçar um tema tão dual. Os estudantes dedicaram-se para dominar cada aspecto do espetáculo, desde a concepção criativa até a execução final, modelagem, coreografia, maquiagem e penteados — acumularam uma experiência valiosa que desafiará as noções convencionais de moda e criatividade. Isso sim é singularidade aplicada à moda.
A celebração dessa conquista reflete a sinergia que a tecnologia e a moda podem realizar quando se unem. A diretora do instituto, Ankita Goyal, expressou orgulho e confiança no futuro desses alunos, cientes de que os limites tradicionais de carreira estão se dissipando. Afinal, estamos nos movendo em direção a um futuro onde identidades digitais são normalizadas e a moda não é apenas vestida, mas vivida virtualmente.
A metáfora do IDT se destacou nesse cenário é um testemunho de como a inovação pode emergir de comunidades pouco suspeitas, desafiando as metanarrativas de elitismo cultural. Como exploradores nascentes do multiverso criativo, esses estudantes não estão apenas se preparando para o futuro; estão, literalmente, vestindo-o.
Para aqueles que ousam questionar: “Onde está o próximo Steve Jobs ou Elon Musk?” Talvez eles estejam aqui, costurando hoje os tecidos do amanhã com filamentos de sonhos reciclados no palco do Mood Indigo. Enquanto isso, a questão que paira no ar como a Millennium Falcon é — como nós, como sociedade, podemos aprender a ver o extraordinário no comum e dar um passo à frente numa passarela infinita?
Como a ciência e a arte continuamente redefinem as fronteiras do possível, deixo um desafio mental: como você reconceberia o cotidiano se vestisse os olhos de um viajante do tempo? Convido você a refletir sobre aquilo que carregamos de um futuro que ainda não conhecemos e o que mantemos do passado que já não nos pertence. E como uma frase instigante de Arthur C. Clarke, “Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia,” pode muito bem descrever essa jornada do IDT enquanto eles transformam o que foi no que deveria ser — verdadeiramente mágico.