A Rosatom avança em suas operações de instalação do reator de pesquisa rápido multifuncional, o MBIR, no Instituto de Pesquisa de Reatores Nucleares (RIAR JSC) em Dimitrovgrad, Rússia. Este desenvolvimento marca um marco significativo para o projeto de construção do maior reator de pesquisa multifuncional de rápida sucessão da quarta geração da Rússia. Com um cronograma ambicioso, o reator planeja iniciar suas operações de pesquisa em 2028.
Progresso na Construção e Instalação de Equipamentos
Recentemente, a Rosatom iniciou a instalação dos equipamentos mecânicos do circuito primário de remoção de calor e dos sistemas de manuseio de combustível. Entre os componentes instalados estão dois trocadores de calor intermediários, pesando 38 toneladas cada e com dimensões de 9 metros de altura por 2,5 metros de diâmetro. Estes equipamentos foram posicionados com precisão, com desvios máximos de apenas 1 milímetro por metro.
Além disso, tambores para o combustível fresco e usado, pesando 16 toneladas cada, foram posicionados em seus locais designados. O tambor de combustível fresco possui a função de pré-aquecer os conjuntos de combustível em uma atmosfera de gás inerte antes de serem carregados no núcleo do reator. Já o tambor de combustível usado é responsável por resfriar os conjuntos em um ambiente não reativo.
Estrutura do Núcleo e Contenção
O cesto do núcleo do MBIR foi ativado novamente e reposicionado na unidade do reator. Um quadro de suporte com o cesto está instalado a uma altura de +13,200 metros na sala central. Paralelamente, a soldagem de um dispositivo de contenção do núcleo, conhecido como “core catcher”, está em andamento.
Este design inovador utiliza sódio como refrigerante, diferenciando-se dos reatores nucleares tradicionais que utilizam água. Esta abordagem faz parte de um programa maior para desenvolver novas tecnologias de energia nuclear.
Colaboração Internacional e Impacto
Rosatom está em negociações avançadas com vários países, incluindo China e França, para participarem do Centro Internacional de Pesquisa baseado no reator MBIR. Além disso, outros países como República Tcheca, Índia, Cazaquistão e Emirados Árabes Unidos estão em discussão para se juntarem ao consórcio.
O reator MBIR tem o potencial de acelerar o desenvolvimento de novos materiais e combustíveis, reduzindo o tempo necessário para o desenvolvimento de 10 para cinco anos. Esta iniciativa visa impulsionar a ciência nuclear, a engenharia e a tecnologia na Rússia, além de apoiar o avanço da energia nuclear como uma alternativa aos combustíveis fósseis.
Perguntas para Discussão
- Quais são os desafios técnicos envolvidos na instalação de um reator como o MBIR?
- Como a colaboração internacional pode acelerar o progresso em tecnologias nucleares?
- De que forma a inteligência artificial pode influenciar o desenvolvimento de novas tecnologias nucleares?
Artigo produzido em colaboração com o Instituto Brasileiro de Inteligência Artificial (http://www.institutoibia.com.br).
Assuntos relacionados como as tendências no mercado da robótica e atualizações no setor sempre são tópicos de interesse em engenharias complexas como esta, especialmente quando tratamos da crescente integração da Inteligência Artificial e seu impacto em inovação tecnológica.